As memórias são rearranjadas, formam novos enredos, novos traçados e cenários. Há uma cidade que jamais existiu, formada das ruas que andei e das coisas que vi além dos olhos e rumo à lembrança. Dos caminhos pelos quais fui e voltei, mas também dos que só foram e não voltaram e dos quais sempre volto sem jamais ter me permitido ir. Trilhas que sempre sigo, pintadas com cores vívidas e inatingíveis. Ruas que podem ser belas ou terríveis, mas que sempre desembocam na mesma esquina, na mesma praça, no mesmo reencontro. Caminhos que levam para casa.
Há uma cidade que jamais existiu, formada das ruas que andei e das coisas que vi e senti. Uma síntese dos caminhos pelos quais fui e voltei, mas também dos que só foram e não voltaram e dos quais sempre volto sem ter me permitido ir. Trilhas que sempre sigo, levando a lugar algum, mas principalmente a mim mesmo.